Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2024

Mistério, Poliana, ou nada disso?

Pensei um pouco antes de começar a escrever. Você vai me perguntar: Como assim? Nós sempre pensamos antes, durante e depois de escrever. Está correto, mas pensei se conseguiria passar a sensação que sinto quando me acontecem determinadas situações. E não é de hoje que sinto e sinto forte, como se pegasse a Coisa com a mão, como disse sempre a dona Anna. Polianiamo seria? Otimismo demais? Crença, subjetividade, filosofia? Não gosto nada quando a minha conversa soa apenas filosófica. Desejo uma filosofia prática. Aqui está. Saio de casa e ainda estou no escuro de inverno. Dou partida no meu automóvel, ligo a luz baixa e saio. Dirijo até a padaria cotidiana, peço meu pão com manteiga sem chapa e meu café com leite médio. Devoro o lanche e pago a minha conta com cartão de crédito. Desejo uma ótima semana a todas as funcionárias, entro no meu carro e saio em direção à Marginal da Rodovia Raposo Tavares. Não ligo o som e vou tranquilo e devagar pela pista. Meu destino é o Colégio onde minist...

Plataformas

Os ônibus para saírem das plataformas, apitam. O sinal é de aviso para os mais desavisados motoristas de outras empresas, já que aqui os ônibus saem de ré. Espero o bus das Quatorze e quinze, lembrando que não tomo mais café no período da tarde. Tomo apenas o café da manhã. É impressionante como gosto da refeição: Café da manhã. Hoje comentávamos como a gente precisa, numa conversa, a expressão: Na minha época! Numa conversa pública há que posicionarmos as referências de um tempo passado para que possamos ser compreendidos. Claro que a minha época é essa que estou Vivendo, porém os mais novos não viveram as coisas acontecidas e aparecidas na minha mocidade. Olhe só. Mesmo a palavra Mocidade dá a noção do envelhecimento da pessoa. Também me lembrei da aguardente que é envelhecida em barris de Carvalho. Quando eu era bem pequeno ficava imaginando a família Carvalho produzindo pinga. Não. O envelhecimento era e é feito em barris feitos com a madeira do Carvalho, a árvore. O óleo de linhaç...

Dias

Festejar os dias. Todos os dias devem ser dias de festa e festa em abundância. É redundância falar que as tristezas aparecerão e serão abençoadas pela aprendizagem. Muitas pessoas dizem isso e eu também. Aprendizes que somos, vivemos de driblar, enfrentando as descrenças e as adversidades. Um jogo bem jogado é esse que enfrentamos com raça e galhardia. Gosto da palavra galhardia. Hoje é o dia da homenagem aos homens que deram origem a filhas e filhos. Uma sequência que nos leva até o desempenho maravilhoso das mulheres nessa olimpíada moderna. Pensarmos ser moderno o desempenho das mulheres em todas as áreas é nos esquecermos da História clássica vivida pelas mulheres de todos os tempos. Meu pai. Com certeza aprendi com ele a valorizar as mulheres, a partir das sutis dificuldades daquela que ele elegeu como o amor da sua vida. Um pai que com liberdade e sem muitas palavras me mostrou que eu era e sou livre para escolher a Arte como revolução e evolução. Vindo da capital me trazia fascí...

Saquei

Saquei minha garrafinha com água que trago no compartimento da minha mochila. Na hora nem imaginei o Porquê. Como de costume, subi a rua Maria Figueiredo em direção à Avenida Paulista. Achei diferente, porque a primeira escadaria se encontrava aberta, porém para não errar, segui em frente para descer pela escada rolante de rotina. Passei meu cartão preferencial pela catraca e só lá embaixo que vi que a linha verde estava com reforma na estação Consolação. Pela primeira vez uma única linha servia aos dois sentidos. Até esperei, mas vi que o próximo trem apareceria sabe lá Deus quando. Saí por onde entrei e me pus a caminhar pela Paulista até a Estação Paraíso. Por conta do nome da estação lembrei do trabalho que o Artista Canadense Hervé Fisher fez para a Bienal de mil novecentos e oitenta e dois. Cem colegas da faculdade pintaram 32 folhas A1 com tinta látex verde. O verde das placas rodoviárias. No feriado prolongado só aparecemos eu e Ana para desenharmos e pintarmos de branco as let...