Outro dia
Outro dia escrevi sobre a bênção, a dádiva e a regalia que é saber-se nascido para uma determinada função desde cedo.
Hoje recebi de presente um texto divino, onde um jovem artista fala sobre essa minha função e as bênçãos que ela produziu no seu caráter e na sua atividade artística que hoje se mostra inovadora e muito produtiva.
Houve um tempo que eu usava bastante uma afirmação que dizia que a minha produção artistica nao tinha nada para acrescentar ao mundo da arte.
Faz tempo que desenho sobre tecido de calças e camisetas e nesse processo descobri que tenho uma forma particular de usar os grafismos lineares.
Essa descoberta me fez refletir mais sobre aquela afirmação anterior, depois que uma aluna no ano passado, me disse que as minhas calças desenhadas eram Provocadoras.
Tive a constatação exata da importância do meu desenho.
Repito que a minha função essencial é multiplicar nos outros aquilo que eu tenho como talento especial.
O fato de poder transmitir por gestos italianísticos, fala forte e alguns traços me faz mais feliz do que viver desenhando do começo do dia até à noite.
De dia até à noite eu penso em todas as atividades que posso desenvolver com tantos jovens que têm muito a oferecer.
Hoje vários deles, adultos jovens, seguem o caminho do ensino da arte em suas vidas.
Muitos como o Pasa, fazem da Arte a sua vida e trabalham muito para isso.
E há tantos outros que não fizeram da Arte o seu sustento financeiro, mas professam todos os dias pelas redes sociais, o seu encantamento e admiração por tudo o que de Alicerce a Arte lhes ofereceu até hoje.
Esse presente que recebi em palavras hoje resolvi publicar, tornar público e os comentários que vão surgindo a partir da publicação são igualmente Presentes.
O fato de publicar a homenagem é bastante significativo em função daquilo que nasci para fazer nesse mundão.
A emoção é intensa, viva, cheia de energia boa, ativadora de forças gigantes para querer compartilhar mais.
E mais do que isso.
Na próxima entrada em sala de aula, me faz ficar ainda mais atento a todo gesto de carinho e afeto e quando as situações forem mais desafiadoras e alguém que deseja, ou necessita de mais atenção, eu possa oferecer palavras de acolhimento e calma.
Preciso fazer isso também em casa e mudar o paradígma que diz que santo de casa não faz milagres.
Pode fazer sim e eu preciso me esforçar mais para deixar tudo mais leve, sem tantas italianices.
Rio porque é necessário todo tipo de alteração quando a imperfeição aparece mais intensa.
Falando nisso, como a perfeição inexiste, que a gente possa buscar e caminhar atrás dessa utopia.
São necessárias externalizações de ações contundentes que busquem alcançar as necessidades dos outros.
As minhas são absurdamente claras e não escondo o fato de ser um patife medroso.
Não gosto quase nada de mudanças e não gosto de deixar a minha zona de conforto, que é continuar vivendo e no meu egoísmo, achar tudo lindo e digno de beleza.
Ops, nem tudo.
Existem coisas que me deixam bravo, mas eu posso tirar delas uma piada contada com gestos e fala alta.
Rio novamente porque o Rio continua lindo naquele abraço.
Acabo de pensar, ou lembrar que nunca fui um respeitador da intimidade das pessoas.
Sou entrão por natureza, talvez até mais um dos tantos apreciadores de palpites.
Sabendo que dar palpites é a tarefa mais prazerosa de todos os seres humanos, de todos os tempos.
Talvez haja uma ou duas exceções que não são as duas senhoras que foram pela primeira vez a Sorocaba.
Acho que uma delas foi fazer uma cirurgia no Centro Oftalmológico.
Voltando de Cometão pra SP sentaram do meu lado e desandaram a praticar a Ação Palpitológica, terminando por uma delas falar sobre a sua predileção por ouvir a novela em espanhol.
Repare que as novelas são quase totalmente feitas por narrativas palpiteiras, ou seja, recheadas de fofocas, o que é a mesma coisa.
Enfim.
O Presente que recebi hoje coincidiu com a minha volta à academia pós o feriadão.
Vou continuar exercitando as minhas contradições que sei que não são muitas, mas aqui estão.
Agradeço de coração a todos os que convivem comigo e sabem que o verbo conViver significa Viver Junto.
Sigamos em frente, remando, remando, remando e de vez em quando, praticando Artesanias
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