Vidro
Um pote foi deixado dentro de um pirex com água.
A ideia era retirar o rótulo preso com goma, para reaproveitar o vidro depois.Ficou mergulhado na água a noite toda e o outro dia inteiro.
Aproveitei a tardinha, enquanto lavava o prato, a faca, a colher e a caneca, para suavemente e com facilidade retirar o papel da embalagem de café solúvel.
As mentes criativas pensam em dar outra serventia para o vidro que antes era guardador de um pozinho marrom e seco.
Criativa mesmo foi a ideia de pirografar um rosto num toquinho de madeira e introduzi-lo no vidro de tampa amarela e Plástica.
A sumidade da Plástica, essa ideia.
Uma redoma para o toco.
Acabo de me lembrar daquelas lembrancinhas feitas com garrafinhas de vidro e areia colorida, que formam paisagens desérticas feitas com pura habilidade.
Outro dia fiquei sabendo que o vidro é feito com areia, não exatamente a lembrancinha, mas o Vidro mesmo.
Gosto daqueles tubos de ensaio de plástico que guardam temperos.
Você sabia que aqueles tubos serão as garrafas pet depois de infladas com ar quente?
Garrafas, vidros, azeitonas, compotas, refrigerantes, essas coisas que são embaladas e embalam nosso dia a dia.
Agora, o tal vidro bonito está descansando com a boca para baixo no escorredor, em cima da pia.
Super transparente o menino.
Acho que vou abandonar a ideia do toco.
Pirógrafo eu tenho, a imagem do rosto também, mas não quero ficar preso com uma tampa amarela me tirando o ar.
Se é para o vidro respirar novos ares, que ele possa se encher de pimenta e se sou eu que preciso mudar de embalagem, que eu encontre uma camisa listrada e que eu possa sair por aí com meu violão embaixo do braço
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