Escrituras

Acabo de pensar na frase do Picasso sobre o Fazer Artístico.

Ele disse que: Ou é Fácil, ou é Impossível.
Claro que isso vale para artistas e não necessariamente para pessoas que gostam de experimentar novas aventuras, novas formas de viver e compreender as coisas de forma mais simples.
Picasso quis dizer ser impossível fazer objetos de Arte, que depois de realizados vão caminhar por galerias, museus e coleções pelo mundo, ou por regiões mais próximas.
Nós, Pós Modernos  e Contemporâneos gostamos de aventuras mais solitárias, tal qual solitária é a tarefa da produção de desenhos, pinturas e esculturas, em cima da mesa da sala, por exemplo.
Basta a nós, aventureiros, encontrarmos um papel em branco, ou pardo, ou até colorido para testarmos linhas, formas e cores.
Às vezes queremos aquarela, pastéis secos e oleosos, Nanquim, bico de pena, canetas hidrográficas com pontas brush, enfim, queremos a experiência e isso já nos basta.
Muitas vezes para jovens aprendizes, basta realizar e guardar em pastas, ou gavetas.
Para esses tantos, hoje em dia em número cada vez mais crescente, eu digo que Arte é Comunicação, ou seja, precisamos tornar público, propagar esses experimentos através da redes sociais, por exemplo.
Como disse Jorge Coli: Eu só consigo explicar o que é Arte através dos Objetos, realizados pelos Artistas através da História.
É possível fazermos parte do time de outro Artista incrível chamado Paul Klee, que nos disse que ele não representava o Visível, ele tornava visível.
Que time é esse?
Esse dos experimentadores, que produzem imagens que Nunca Antes ninguém havia visto. Os que Tornam Visível.
Já pensou que todas as imagens que produzimos, abstratas ou figurativas, ninguém antes havia visto?
Produzimos Novidades, novas formas de ver cada coisa, antes exaustivamente vistas, mas agora observadas de uma forma original, única, personal.
Os novos tempos indicam que nada é Impossível.
Ferreira Gullar nos deixou a poética afirmativa que a Arte existe porque a realidade não basta e disse também que Noites estreladas existem muitas, mas aquela que o Van Gogh pintou é única, partiu das Sensações que ele teve e que imprimiu na Obra.
Assim fazemos nós, os experimentadores.
Imprimimos personalidade aos instantes.
Com o celular na mão apontamos a câmera para alguma coisa e registramos o instante, que permanecerá gongelado na nossa galeria.
Ainda podemos, com o recurso do editor de imagem, interferir no instante e darmos a ele outros signos e significados.
Podemos tudo.
É possível que a sua neta, ao ouvir a canção da Britney: Oops, I did it again, coloque um papel pardo sobre a mesa da sala, coloque uma pulseira arrumada em círculo à esquerda, arrume ao lado dela uma tampa circular de pote de azeitona e um pouco mais à direita coloque um post-it  com as letras P e S desenhadas com caneta Bic.
Oops!
É possível .
E assim É

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